Colunistas


A imigração polonesa no distrito de São Feliciano

Conhecendo a história
13/04/2019 Fonte: Luciana Terezinha Novinski
Luciana Terezinha Novinski
Luciana Terezinha Novinski

Anterior Próximo

Queridos leitores de nossa coluna, convido a todos para a partir de hoje acompanharem um pouco sobre a História de nossa Imigração, de nossa cidade e das personalidades que viveram ou passaram por aqui. Pois como dizia Marcus Garvey “Um povo sem o conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes.” Estarei usando como fontes os Livros “Dom Feliciano, 100 anos de História de Irene Tworkowski,  “Dom Feliciano – 117 anos de Imigração, História e Cultura Polonesa” de Marcio Rosiak, “Memórias de nosso torrão Natal” de Ladislau Topaczeswski  e meu Arquivo Pessoal. Então nossa primeira coluna começará falando sobre a nossa Imigração Polonesa, falarei o mais resumidamente possível, pois nossa história é muito grande. Depois será uma sequencia com a Formação do Município e assim por diante. Sobre nossa Imigração Polonesa em São Feliciano, podemos dizer que: A primeira leva de Imigrantes Poloneses que se instalou em Dom Feliciano chegou no ano de 1890 à Porto Alegre, vindo pela beira do Rio Jacuí, passando por Charqueadas, São Jerônimo, Minas do Leão e Encruzilhada, já que éramos distrito da mesma na época, vindos em sua maioria da Kongresówska (parte da Polônia sob ocupação da Rússia).  Sendo que próximo a localidade de Santa Rita muitos imigrantes morreram, sendo ali enterrados, para depois seguirem viagem e chegarem a onde encontra-se a Cruz do Imigrante, marco da chegada da Imigração. Com a chegada destes desbravadores iniciou-se a Colonização de São Feliciano, uma Colônia que era então distrito de Encruzilhada do Sul. Os imigrantes receberam lotes em diversas localidades distintas. Começaram fazendo moradias, plantações e criando animais. E como eram muito religiosos uma das primeiras coisas que construíram foi uma capela em madeira que também serviria de escola. Posteriormente as escolas e capelas das comunidades foram construídas pelos moradores locais, e também o trabalho em grupo formando cooperativas era bastante forte.  O grupo foi crescendo e em 1895 já existiam muitas casas comercias como Lojas, moinhos, ferrarias, sapatarias, carpintarias, cooperativas, marcenarias, armazéns, pedreiros e alfaiates. No começo da povoamento esta colônia parecia ter um futuro promissor, pois tanto as plantas como hortigranjeiros trazidos da Europa encontraram clima propício para se desenvolver. Só que infelizmente como é Brasil, os responsáveis pelas terras começaram tanto a se aproveitar dos colonos que não conheciam muito esse sistema, que fizeram com que muitos fossem embora. Mas por sorte em 1897 muda o responsável pelas terras, sendo Diretor Nelson Coelho Leal, que viu as irregularidades que estavam acontecendo, começou denunciá-las e era um homem honesto e justo. Assim como seu sucessor Virgílio da Silva Albuquerque que também era um homem correto e por isso a comunidade seguiu prosperando. Não podemos deixar de lembrar que muito da religião, educação e cultura da época sempre foi incentivada pelos Padres que por aqui passaram, em sua maioria vindos da Polônia, citarei o trabalho deles separadamente por que muitos se destacaram no desenvolvimento da comunidade. Assim como as Irmãs Franciscanas Bernardinas que também tem papel fundamental de trabalho e dedicação junto aos imigrantes poloneses. Para que a coluna não se torne uma página, vou encerrando essa primeira parte e espero você leitor em nossa próxima edição, até lá!


MAIS DO COLUNISTA

FACEBOOK

1Tabacos Muller

NEWSLETTER

Informe seu e-mail e fique por dentro das nossas novidades!

PREVISÃO TEMPO

HORÓSCOPO

COTAÇÃO AGRÍCOLA

INSTAGRAM

PODCASTS