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Personalidades, Irmãs Franciscanas Bernardinas

Parte II
10/08/2019 Fonte: Luciana Terezinha Novinski
Luciana Terezinha Novinski
Luciana Terezinha Novinski

Continuamos nossa coluna com a segunda parte da vida das IRMÃS FRANCISCANAS BERNARDINAS, falando primeiramente onde elas residiam, que moravam em condições muito precárias, que ao serem visitadas pelo Arcebispo João Becker de Porto Alegre, o mesmo as proibiu de receber  mais Irmãs da Polônia ou novas vocações sem antes construírem um local que lhes permitisse residir e cuidar dos doentes com dignidade. Era o ano de 1936, Irmã Jolanda sem condições de fazer a construção  resolve escrever para as Irmãs da mesma congregação mas dos Estados Unidos que sempre tinham bastante apoio financeiro, escreve uma carta para Madre Angela, superiora das Irmãs Americanas, nesta carta ela pedia uma doação para construção da nova casa ou um empréstimo a juros baixos, prometendo depois pagar toda dívida. Desta carta reproduzimos uma parte: ... O convento onde atualmente moramos  está em mau estado e é bastante difícil acomodar as irmãs e as internas. Este lugar é pobre (até nosso Pai São Francisco de Assis não teve um lugar mais pobre). Nós estamos  satisfeitas em morar nele, mas como mencionei , o Reverendo  Arcebispo decidiu que não é adequado. As pessoas aqui são poloneses pobres, com famílias numerosas que trabalham muito e ganham pouco... Nesse momento de necessidade humildemente  pedimos a ajuda da Reverenda  Madre e de toda comunidade que as apoia. E então a  Madre Americana envia a ajuda financeira acompanhada de Irmãs Americanas, jovens e preparadas para reforçar o grupo e também a possibilidade de futuramente juridicamente as Irmãs Americanas se unirem com as polonesas para um melhor atendimento para comunidade. Em dezembro de 1937 chegou o Primeiro Grupo de Irmãs dos Estados Unidos, elas vieram depois de duas Irmãs virem visitar a Congregação e confirmarem a grande precariedade que se encontravam. Vieram ao Brasil 4 irmãs, 3 ficaram em Camaquã e Irmã Aureliana veio a Dom Feliciano. Ano a ano mais irmãs vinham dos Estados Unidos e de 2 a 2 saiam a cavalo para atender também as comunidades no interior onde permaneciam de segunda a sexta-feira para lecionar e dar catequese, nos sábados voltavam para cidade para missa dominical e convívio com as outras irmãs. Muitas vocações Bernardinas surgiram deste contato das Irmãs com os jovens e suas famílias. E muitas das internas que se tornaram  Irmãs contam da alegria que sentiam quando traziam pão ou frutas para as irmãs como doação  de suas famílias. Geralmente as irmãs se hospedavam na sede da sociedade durante a semana, que servia também de sala de aula, de capela quando o Padre vinha celebrar a missa e de salão de baile fins de semana.  A vida não era nada  fácil para elas naquela época, Irmã Arcádia que era enfermeira uma vez resolveu passar uma semana na Linha do Tigre, ver como viviam as missionárias, e depois de ter muitas dificuldades , concluiu que o trabalho corajoso das irmãs só podia ser obra divina.  Para não me alongar, vou encerrando por aqui, sendo que na próxima falaremos do Hospital São José e do Colégio Maria Santíssima que tem fundamental participação das Irmãs, até nossa próxima edição!


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