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Conhecendo a História

A imigração polonesa no distrito de São Feliciano - parte II
19/04/2019 Fonte: Luciana Terezinha Novinski / Foto: Divulgação
Luciana Terezinha Novinski
Luciana Terezinha Novinski

CONHECENDO A HISTÓRIA - A IMIGRAÇÃO POLONESA NO DISTRITO DE SÃO FELICIANO 

PARTE II

Queridos leitores, como citei na coluna anterior, vou continuar falando sobre a Imigração Polonesa em nossa colônia e suas dificuldades. Anteriormente havia citado nomes de Diretores responsáveis pelas terras que os poloneses tinham que dar satisfação, para que se entenda quem eram eles. Após as Reformas Políticas que aconteceram no Brasil, aqueles homens que haviam se destacado nas Revoltas que aconteceram, eram premiados recebendo grandes extensões de terra, por isso mandavam nelas. Então na verdade os poloneses foram enganados pelo governo quando lhes prometeu terras para trabalharem, essas terras tinham esses donos, por isso os poloneses trabalharam muito para com o dinheiro que sobrava das colheitas que parte era repassada para estes chamados Diretores das Terras, adquiriram as suas. Tudo isso desgostou e complicou muito a vida daqueles que vieram com espírito preparado para trabalhar e prosperar. O polonês por natureza trouxe no sangue a benevolência, nunca valorizando, vivendo sempre sob pressão dos países dominantes, veio até o Brasil e a São Feliciano com este sentimento de obediência, e isso muitas vezes era mal interpretado, levando a alguns a abusarem desse modo de ser, viver e agir. Por isso eram deixados de lado, sentiam-se sem talento em ocupar cargos de comando, eram obrigados a realizarem atividades agrícolas, mesmo possuindo aptidões, habilidades e estudo. Decepcionados muitos queriam retornar para a Polônia, mas não possuíam recursos. As mães clamavam a perda dos filhos por epidemias de tifo, sarampo, varíola, provocados por mosquitos, insetos e doenças tropicais.  Como estavam se adaptando ao novo país, não possuíam remédios e nem de onde tirá-los então muitos sucumbiam. A produção era diversificada, criavam abelhas, plantavam erva mate, trigo, centeio, aveia, milho, feijão, batata inglesa, fumo, cana de açúcar, mandioca e soja, e cultivavam árvores frutíferas em grandes pomares. Porém uma das grandes dificuldades para realizarem a venda de seus produtos era a comunicação, como não falavam nem entendiam o idioma português isso os prejudicava muito. Mas não podemos esquecer de uma grande ajuda que tiveram nessa área, que foi a chegada na colônia São Feliciano do Tcheco Francisco Valdomiro Lorenz, que chegou em 1894, em seguida além de criar e coordenar uma escola, produziu um Dicionário Português – Polonês e uma Gramática para poder ajudar os nossos imigrantes com a língua portuguesa, essa que ele conheceu na viagem de vinda da República Tcheca. Falaremos outra hora de toda obra feita por  Francisco Valdomiro Lorenz que também como Médico Homeopata cuidou da saúde da comunidade e sua  esposa Ida Krachefski que era parteira, realizando esse trabalho. Para não me tornar cansativa vou encerrando nossa coluna de hoje por aqui, esperando você leitor na próxima, abraços!    


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