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LOCALIDADES DE DOM FELICIANO – LINHA LOPO NETO

Vamos dar continuidade a nossas colunas falando das comunidades de nossa cidade Dom Feliciano, agora falando da localidade denominada LOPO NETO
20/05/2022 Luciana Terezinha Novinski
Luciana Terezinha Novinski
Luciana Terezinha Novinski

Vamos dar continuidade a nossas colunas falando das comunidades de nossa cidade Dom Feliciano, agora falando da localidade denominada LOPO NETO. O pesado começo da sobrevivência destes imigrantes foi bem difícil, pois enfrentavam novo país, com clima diferente, pessoas estranhas, língua desconhecida, mata-virgem e gigantesca com uivos horripilantes de feras que lá viviam, silêncio, solidão e tristeza, e um fraco sol que apontava por detrás das árvores altas. Os mais velhos adoeciam seguido e não se tinha meios de tratar, crianças também morriam sem explicação, dor e tristeza lhes roía o coração, a saudade torturava os corações. Alguns foram embora para Pelotas e Porto Alegre, os que ficaram pegaram seus machados, foices, serras e facões e começaram a derrubar a mata para abrirem estradas e construírem casas para garantir um futuro melhor para suas famílias. Aos domingos e dias santos que respeitavam na Polônia, mas trouxeram consigo, se reuniam numa casa para rezar e cantar canções que lembravam, alguns pediam a misericórdia divina e outros choravam e se lamentavam. Porem passando alguns anos os moradores da localidade notaram a necessidade de dar escola aos filhos. E entre os imigrantes da Lopo Neto destacava-se Alberto Kubaszewski que sabia bem ler e escrever e então poderia ajudar as crianças da localidade, procurado então pelos pais interessados, aceitou o desafio e construiu com a ajuda dos mesmos em sua propriedade um baracãozinho com telhado de capim que serviria de escola. Frequentavam a escola cerca de 60 a 70 crianças e cada família pagava Um mil réis e meio por aluno, o mesmo transmitia com eficiência e lecionou na escola por 8 anos. As crianças tiveram um maravilhoso progresso. Em 1922 na linha Lopo Neto fundaram a Sociedade Escolar Santo Estanislau Kostka, onde o Presidente da mesma era Juliano Tyska, o sócio Mariano Wolowski doou o terreno para a sede e o primeiro professor foi o já professor da localidade Alberto Kubaszewski que lecionou ali por mais 35 anos. Em seguida foram mestres na escola da Lopo Neto: Helena Cholewa, Floriano Zalewski, Helena Karasek, Irene Topaczewski e Noemi Cholewa, todos lecionavam tanto polonês como português, depois veio também ensinar Joana Cichowski Wolowski, mas nesta época a língua polonesa passou a ser ensinada só em casa. O tempo foi passando e os primeiros imigrantes que lutaram como bravos guerreiros para erguer suas vidas nesta terra longínqua foram morrendo e encontram-se sepultados no Cemitério Municipal de Dom Feliciano, mas fica aqui o agradecimento póstumo a estes desbravadores que tanto nos orgulham e contruiram a localidade da LOPO NETO. Até nossa próxima coluna!



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