Na edição de hoje estaremos falando sobre a importância da Educação para nossos imigrantes. Os imigrantes poloneses valorizavam muito a Educação, Religião, Pátria e a Cultura, por este motivo mesmo alguns imigrantes não sendo alfabetizados queriam um futuro melhor para seus filhos, organizando-se entre vizinhos, para que aqueles que sabiam mais passassem os ensinamentos que adquiriram na Polônia para as crianças e para os que sabiam menos. Em 1893, quando aqui trabalhava o Pe. Maciej Piech ( Mathhias  Piech) foi fundada por ele a Sociedade Adam Michiewicz, uma espécie de escola com Biblioteca, que era muito frequentada. Após as missas dominicais, eram realizadas na Casa Paroquial reuniões que após a alguns anos culminaram na criação da Sociedade Recreativa Beneficente  “Mikolay Kopérnico” (Nicolau Copérnico) na qual se ministravam até aulas em  polonês. Nas linhas já havia os chamados inspetores que eram incumbidos de fiscalizar o andamento das escolas no interior. Estes eram Szczepan Bergmann, José Lapinski (meu tio avô), Constante Kalicki, Alexandre Zalewski, José Dzielinski, João Koranowski, Woiciech Zalewski, Francisco Szcwczynski, Augusto Antonowicz, Francisco Kwiatkowski e Francisco Valdomiro Lorenz. Na sede em 1908, haviam duas escolas particulares que funcionavam nas residências dos professores  Carlos Muszynski e Francisco Valdomiro Lorenz, e nessas escolas lecionava-se o português e o polonês. As escolas que eram criadas nas linhas no interior, eram construídas com doações dos moradores. A primeira linha a construir sua escola que inicialmente funcionava em uma casa particular desde 1903, foi a Linha Laurentino Freire, tendo como professor o Sr. Tempski que auxiliou na construção do prédio sob o nome de “Jana Kantego” (João Câncio), situada na propriedade do Sr. Kolesny. Por muitos anos a escola funcionou sempre com grande ajuda dos moradores que tinham seus filhos estudando, porém infelizmente devido a uma grande crise financeira  em 1921 a escola teve que fechar. Mas 7 anos depois incentivados pelo professor Ladislau Topachewski, a escola foi reaberta para a alegria da comunidade, funcionou algum tempo ali, mas então os moradores junto com os professores resolveram construir um novo prédio, mas este após alguns anos de funcionamento foi cruelmente destruído por um incêndio. A 2ª Linha a instalar a sua sociedade foi a Linha Evaristo Teixeira em 1904, sendo a Sociedade “Águia Branca”, iniciaram suas atividades numa pequena casa de taipa. Com o inicio do trabalho nessas escolas no interior quero demonstrar a capacidade, o interesse e a doação de nossos antepassados em relação a preocupação que tinham com a educação, pois na sequencia todas as linhas foram criando suas escolas. E assim com orgulho imenso de nossos imigrantes encerro mais uma coluna, esperando você na próxima!