Educação


A dívida de Bolsonaro

O Ministério da Educação merece mais atenção
23/12/2019 GaúchaZH

No balanço do ano, o presidente Jair Bolsonaro ficou com uma grande dívida: o governo não tem uma política clara para a Educação. Uma comissão externa criada pela Câmara concluiu que 2019 foi perdido nesta área. Governistas podem até argumentar que os integrantes da comissão são de oposição, como Tabata Amaral (SP). Vale lembrar que a pedetista não é radical e votou com o governo em temas relevantes, como a reforma da Previdência. Ela é apenas sensata.

O Ministério da Educação teve dois ministros que mais se dedicaram às bravatas do que a ações concretas. Nesse caso, a guerra ideológica ocupou tanto tempo e espaço que faltou um plano de trabalho para resolver até as metas estabelecidas pela Casa Civil, como a melhoria na alfabetização.

A militância bolsonarista vibra quando o ministro Abraham Weintraub acusa universidades federais de cultivarem maconha. Contudo, não é isso que vai ajudar a resolver a evasão escolar ou o atraso no ensino de matemática e português.

É verdade que a culpa da crise não é de Bolsonaro. Governos anteriores contribuíram para o atual caos. Mas a desculpa da herança maldita tem limite. Assim como falácias que só desviam a atenção. Escola sem partido e guerra sobre questão de gênero tangenciam o real problema: falta de estrutura e valorização dos professores, além de um projeto em parceria com Estados e municípios.

Pesquisa Datafolha mostra que para 67% dos brasileiros o governo deve oferecer educação gratuita no ensino superior. Além disso, 70% acreditam que o ensino deve ser gratuito também nas creches. Há uma lição de casa a ser feita em Brasília. 

O governo Bolsonaro tem ilhas de excelência, como os ministérios da Infraestrutura, Economia e Agricultura. Por que não estender a mesma atenção ao MEC?

O Leão na mira


Improvisado, o encontro de Bolsonaro com os jornalistas, no sábado, teve o objetivo de acalmar os ânimos, depois do mal-estar da entrevista da última sexta-feira. O presidente comentou assuntos populares, como a possibilidade de correção do Imposto de Renda. É algo que está em estudo no Ministério da Economia, mas ainda não foi encaminhado ao Congresso. O tema deve ser debatido na comissão da reforma tributária ainda no primeiro semestre.

Eles ficam

Embora exista pressão para que ministros de Bolsonaro ingressem no Aliança, Onyx Lorenzoni (Casa Civil) afirmou à coluna que não pretende deixar o DEM. O sonho de Onyx é ser candidato ao governo do RS e o Democratas é uma legenda já estruturada no Estado. Apesar da boataria, também não há confirmação de que Osmar Terra (Cidadania) tenha intenção de sair do MDB.

Reforço

O repasse da cessão onerosa do pré-sal será depositado no dia 27 nas contas dos Estados. Essa é a previsão do Palácio do Planalto, que fechou acordo com governadores e prefeitos. O Rio Grande do Sul irá receber R$ 218 milhões. Já as prefeituras gaúchas, R$ 357 milhões.

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