Saúde e Bem Estar


Pacientes graves de Covid-19 podem ter delírios, diz estudo

Pesquisadores dizem que problema atinge minoria de pacientes hospitalizados
19/05/2020 O Sul

Um estudo publicado na segunda-feira (18) pelo diário Lancet Psychiatry afirma que pacientes com quadros graves de Covid-19 podem sofrer delírios, confusão e agitação como resultado da infecção pelo coronavírus. O problema, entretanto, seria registrado em um número pequeno de doentes.

Mais de 3.550 casos foram analisados, segundo um dos autores do estudo, Jonathan Rogers, doutor clínico na University College London. Além disso, os pesquisadores também analisaram 72 estudos realizados compacientes de outras duas doenças provocadas por outros tipos de coronavírus, a MERS e a SARS, que provocaram mortes em surtos em 2012 e 2004, respectivamente.

Nas doenças anteriores, eles analisaram especialmente o período pós-recuperação, em que muitos pacientes tiveram estresse pós-traumático. No caso da Covid-19, ainda é escasso o material sobre pessoas já curadas e quais as consequências psiquiátricas em suas vidas.

Ainda de acordo com os pesquisadores, e também com cientistas que revisaram o trabalho, é preciso analisar ainda nestes casos a influência do ambiente, como as preocupações financeiras provocadas pela falta de trabalho ou por dívidas hospitalares, receio de estigmatização em determinados locais etc.

De qualquer forma, eles ainda pesquisam se problemas de saúde mental podem ocorrer por fatores físicos, como uma espécie de resposta de imunidade do organismo ao coronavírus.

Outro fator relevante em relação aos casos de pacientes com Covid-19 é que apenas casos severos tratados em hospitais foram incluídos no estudo, e por isso pessoas com poucos sintomas ou assintomáticas não foram analisadas. Assim, eles ressaltam que ainda há limitações no trabalho.

No entanto, eles alertam que – caso o padrão da SARS e da MERS seja mantido – médicos devem ficar alertas para a possibilidade de que os pacientes recuperados de Covid-19 enfrentem problemas como depressão, ansiedade, fadiga, stress pós-traumático e síndromes neuropsiquiátricas mais raras em longo prazo.

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