Em meio à pandemia do novo coronavírus, casos de dengue ultrapassam a 500 mil
A existência de uma pandemia e o aumento acelerados dos casos de dengue é uma situação preocupante para o Brasil. Lembrando que um colapso no sistema de saúde pode causar uma tragédia. A dengue é uma doença febril grave causada por um arbovírus, que são os vírus transmitidos por mosquitos. O transmissor (vetor) da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, especialmente as que não estiverem bem compensadas de suas doenças.
A informação sobre os casos registrados este ano foi divulgada no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, com informações até o dia 4 de abril.
O boletim mostra que até a décima semana do ano o ritmo de crescimento de casos foi superior ao observado em 2019, sem explicitar quantos, e afirma que depois houve uma diminuição nas últimas quatro semanas, mas reconhece que a queda registrada pode ser em razão da subnotificação, uma vez que os dados ainda estão em processo de atualização.
O Ministério da Saúde não fez uma comparação entre os dados deste ano e do ano passado. mas boletim da 12ª semana de 2019, registrava 273.193 diagnósticos da dengue e 80 óbitos. Comparado com esses números o aumento dos casos este ano chega a 129% e o número de mortes é 226% maior.
O Centro-Oeste é a região com maior incidência de casos (606,7 casos/100 mil habitantes), seguida das regiões Sul (589,9 casos/100 mil habitantes), Sudeste (226,9 casos/100 mil habitantes), Norte (76,6 casos/ 00 mil habitantes) e Nordeste (61,4 casos/100 mil habitantes). Neste cenário, destacam-se os estados do Acre, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Distrito Federal e Goiás com incidências acima de 300 casos por 100 mil habitantes.
Na última semana, a Prefeitura de Belo Horizonte e a mineradora Vale firmaram um termo de compromisso que viabilizará o uso de drones para combater a proliferação, na capital, do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O início da ação, que deve durar 12 meses, está previsto para maio.
A operação será fiscalizada e coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, que utilizará o sistema de monitoramento via drones para localizar os focos e repassar as localizações para a Vigilância Epidemiológica. Em seguida o larvicida será acoplado ao drone e lançado no local identificado.
O produto não contamina o meio ambiente, é recomendado pelo Ministério da Saúde e já é utilizado pela Secretaria Municipal de Saúde do município para controle de criadouros de dengue.
A Aviação Agrícola também manifestou disposição para conter a epidemia. dados oficiais por solicitação de pilotos profissionais, empresas e o Sindag, que a muitos anos seguem buscando o caminho correto e legal para disponibilizar a frotas de equipamentos aéreos para aplicação onde a saúde e o bom senso recomendar.
De acordo com a Norma Técnica 75/2007 do Ministério da Saúde, que permite a pulverização de inseticidas em áreas urbanas com aviões em situações específicas como no caso de grandes surtos das doenças. Especialistas ouvidos pelo Portal Agrolink, entendem que a Lei 13.301 de junho de 2016 autoriza as aplicações aéreas de inseticidas em áreas urbanas mediante aprovação do Ministério da Saúde. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal considerou legal a pesquisa para o uso de aviões no combate a mosquitos, desde que haja permissão das autoridades sanitárias e ambientais.
Ainda ouvimos o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), que em sua contribuição à sociedade, concentrando mais de 2.000 pilotos agricolas profissionais está em busca de concluir testes científicos sobre alternativas previstas em lei de voos para conter epidemias em áreas urbanas.