Agricultura


RS tem prazo para decidir se mantém ou retira vacina contra febre aftosa

Relatório do Ministério da Agricultura, esperado para qualquer momento, pode dar aval técnico para solicitação de mudança
30/12/2019 GaúchaZH

Além de questões conjunturais, há outro fator importante no horizonte da atividade pecuária do Rio Grande do Sul em 2020. É a decisão sobre manter ou alterar o status sanitário em relação à febre aftosa. Hoje, o Estado é livre da doença com vacinação. 

No próximo ano, terá de optar se deixa ou se segue imunizando o rebanho de bovinos e bubalinos. O debate não é novo, mas a definição ganhou prazo por dois motivos. O primeiro foi a decisão tomada neste ano pelos paranaenses de não mais vacinar os animais, buscando a condição de livre da aftosa sem vacinação. Eles poderão se juntar a Santa Catarina, único Estado brasileiro com a posição. Isso cria pressão para que os gaúchos acompanhem o movimento. 

Outra razão é o relatório da auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura, que dirá se o RS tem condições técnicas para buscar a evolução do status sanitário. O documento é esperado para qualquer momento. Se der o sinal verde, deixa a definição a cargo do governo estadual.

O secretário da Agricultura, Covatti Filho, diz que, com o relatório em mãos, a ideia é promover série de reuniões para apresentar os resultados da auditoria e sanar eventuais dúvidas dos produtores. Ele estima que o martelo deva ser batido até o fim de fevereiro. Para que haja tempo hábil de fazer a solicitação à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), ainda em maio.

Há dois pontos considerados prioritários caso a decisão seja por tentar a evolução do status sanitário. Um é a contratação de mais funcionários para a pasta: entre 120 e 150 pessoas. As inspetorias veterinárias também deverão ser reorganizadas.

Há ainda a necessidade de incremento da estrutura – compra de equipamentos, veículos e reformas que já estão sendo feitas com auxílio do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). E o Ministério da Agricultura disponibilizou R$ 3 milhões justamente para reforçar o sistema de defesa do RS. Pesados todos os argumentos, o Estado terá de escolher em que lado ficará. 

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Aline Rosiakwolcedj ar

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