A ideia da imortalidade gremista ganhou mais um capítulo dourado no Pacaembu. Diante de mais de 38 mil torcedores, contra um Palmeiras que não tem um time, mas dois, quase três, e com a desvantagem no confronto que chegou a 2 a 0, o Grêmio mudou o rumo da história.

Venceu por 2 a 1, de virada, e garantiu vaga na semifinal da Libertadores pela décima vez - é o recordista no Brasil, ao lado do São Paulo. Foi uma noite que será recordada daqui 20, 30 anos. Como é lembrada até hoje, por exemplo, a classificação heroica de 1995 contra o mesmo Palmeiras, por exemplo, conseguida também em São Paulo. 

O Grêmio venceu porque a Copa corre em suas veias, porque sabe jogar esses mata-matas como poucos. Conhece os meandros dessas decisões, sabe como fazer do jogo do campo também um jogo mental.  no qual sabe controlar os nervos para fazer a bola cumprir os caminhos que levam ao gol. Foi por essa virtude que o Grêmio soube sair da lona aos 15 minutos, quando sofreu o 1 a 0 e ficou dois gols atrás no confronto. 

Capitaneado por Geromel, que ganhou todos os lances, e acelerado por Everton, que fez um gol e construiu o outro, o time desmanchou a solidez do Palmeiras. Virou o jogo em cinco minutos e, a partir dali, fez do milionário time de Felipão uma equipe comum, que passou o segundo tempo com a bola, mas amarrado numa marcação severa e acossado por contra-ataques lancinantes. 

Assim, acabou azul a noite no Pacaembu, em um berço do futebol que tem até uma Praça Charles Miller. Uma noite que daqui a 20, 30 anos, será lembrada por todos. Agora, é esperar pelo rival, Inter ou Flamengo no jogo de ida, na Arena, no dia 1º ou 2 de outubro.