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A história de Taís, menina que encontrou no Grêmio ânimo para superar amputação e câncer

Família se mobilizou para fazer a menina de 10 anos entrar em campo com o time gremista
20/08/2019 GaúchaZH

Enquanto Marcelo Grohe ajudava o Grêmio a trilhar o caminho do hexa da Copa do Brasil, em 2016, uma pequena fã via no goleiro a inspiração para superar momentos delicados em sua vida. Aos seis anos, Taís Costa da Silva foi diagnosticada com um raro tipo de câncer: o osteosarcoma, que atinge as células formadoras dos ossos, provocou a amputação da perna direita da menina.

— No momento em que soubemos que precisava amputar, claro que falei que não queria. Os médicos disseram que não tinha o que fazer, que era necessário. Conversamos um monte. Num primeiro momento, ela ficou assimilando. Aí mostrei uma menina que havia passado pelo mesmo processo. A Taís chorou. Na hora me veio uma luz, e eu disse que ela podia continuar querendo fazer tudo: correr e dançar no CTG — conta a mãe, Regina Quadros Costa da Silva, massoterapeuta de 41 anos.

Mas Taís quis tentar algo diferente, não muito usual até então. Depois de quase um ano a fio de tratamento no Instituto do Câncer Infantil, em Porto Alegre, a guria assumiu a proteção da meta e virou a goleira do seu time na escola onde estuda até hoje, em Paverama, no Vale do Taquari. A intenção era provar para os outros — e principalmente para ela mesma — que a prótese acoplada em sua coxa não limitava seus movimentos.

A família gremista alimentou a nova paixão de Taís e se mobilizou para, neste ano, dar um presente especial no mês em que ela completa 10 anos. Na partida contra o Athletico-PR, na quarta-feira passada, pela ida da semifinal da Copa do Brasil, na Arena, ela entrou em campo com o capitão Maicon.

— O primeiro contato da Taís com o Grêmio foi na escola, quando a turma visitou a Arena. Ela ficou impressionada com a imensidão do estádio e sempre tinha vontade de ir em dia de jogo. O presente de aniversário dela foi entrar com os jogadores. Foi emocionante. Quando ela voltou, chegou em lágrimas na sala da família e dando pulos, de tão feliz. Foi uma experiência muito bonita  — relembra Regina.

Curada, Taís vive sem restrições; nada, corre, joga futebol, dança e pensa em ser modelo futuramente. Mas o sonho mais importante ela já realizou: como goleira, ensinou e aprendeu que não há dificuldade possível de pará-la.

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