Política


Bolsonaro disse em reunião no Supremo que eleição “acabou”, afirma ministro Fachin

Os ministros consideraram importante Bolsonaro ter reconhecido a derrota na eleição e ter criticado os bloqueios feitos em rodovias
02/11/2022 O Sul

Após pronunciamento na tarde desta terça-feira (1º), em que agradeceu os votos que teve na eleição e disse que continuará respeitando a Constituição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ao Supremo Tribunal Federal (STF). A visita foi um convite feito pelo STF ao presidente.


A reunião com os ministros da Corte ocorreu a portas fechadas e durou cerca de uma hora. Após o encontro, o STF divulgou nota na qual informou que os ministros transmitiram para Bolsonaro a avaliação deles sobre o pronunciamento do presidente.


Os ministros consideraram importante Bolsonaro ter reconhecido a derrota na eleição e ter criticado os bloqueios feitos em rodovias por apoiadores do governo.


“Os ministros do STF reiteraram o teor da nota oficial divulgada, que consignou a importância do reconhecimento pelo presidente da República do resultado final das eleições, com a determinação do início do processo de transição, bem como enfatizou a garantia do direito de ir e vir, em razão dos bloqueios nas rodovias brasileiras”, afirmou a nota.


Também depois da reunião, o ministro Luiz Edson Fachin conversou com a imprensa. O magistrado disse que Bolsonaro usou o verbo “acabar” no passado ao se referir à eleição.


“O presidente da República utilizou o verbo acabar no passado. Ele disse acabou. Portanto, olhar para a frente”, afirmou Fachin. Bolsonaro não falou após o encontro com os ministros do STF.


Mais cedo, Bolsonaro fez o primeiro pronunciamento depois perder a eleição. Bolsonaro leu um discurso curto, de dois minutos, em que disse que continuará cumprindo a Constituição.


Quebra do silêncio


Na tarde desta terça-feira, Bolsonaro quebrou o silêncio de quase 48 horas após o resultado do segundo turno e fez o primeiro pronunciamento depois de perder a eleição.


Bolsonaro discordou de ser chamado de antidemocrático e disse que sempre jogou “dentro das quatro linhas da Constituição”.


“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, afirmou.



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