Após primeiro caso, Saúde destaca cuidados para prevenir contágio da varíola dos macacos em Camaquã
Após a confirmação do primeiro caso de varíola dos macacos (monkeypox) em Camaquã, o setor de saúde do município publicou um vídeo, nessa segunda-feira (5), alertando a comunidade sobre os cuidados necessários para prevenir a doença. O comunicado foi feito pelo secretário de Saúde Luciano Pereira Dias, o Cabeça, e o coordenador da Vigilância Sanitária Fabiano Martins.
O paciente é um homem de 38 anos, que teve o diagnóstico confirmado ontem pela pasta, através de teste. Segundo Dias, ele cumprirá isolamento domiciliar por 30 dias. Por questões de privacidade, a identidade do homem será preservada.
"Com muita transparência com a nossa comunidade, como tratamos o (a) covid-19, estamos tratando este caso, que já está em isolamento. Já estamos tomando todas as medidas necessárias. E, aqui, a gente quer pedir a nossa população que tenha erupções cutâneas ou bolhas, dores de cabeça, dores de garganta... Essas erupções, elas afetam a palma da mão, dorso das mãos, extremidades... Que procure as Unidades Básicas de Saúde, que procure a Vigilância em Saúde na frente do hospital, procure a nossa UPA aos finais de semana, que as unidades não estão abertas. E vamos, sim, tratar com a maior delicadeza e a maior seriedade pra que isso não se tome uma proporção maior no nosso município", destacou Cabeça.
Martins salientou que outros municípios do Estado já vivem a transmissão comunitária da doença - quando não é possível detectar a origem do contágio. O gestor também apontou algumas medidas para evitar a proliferação do vírus.
"É importante que a população, ela redobre os cuidados em relação às formas de transmissão dessa doença. Em Porto Alegre, já existe a transmissão comunitária. Então, o vírus já está circulando dentro do município e as pessoas se contaminando dentro do município. Importante, então, que a população, quando tenha sintomas estes falados pelo secretário, como erupções na pele, lesões, ela redobre os cuidados e utilize máscara, porque é possível a transmissão por meio de gotículas, higienização das mãos, fazer frequentemente a higienização, e procurar o serviço de saúde pra receber uma orientação adequada pra que se possa dar o devido tratamento e coleta de exame pra confirmação da doença", reforçou o coordenador.
O município já mobilizou o Centro de Vigilância, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para identificarem possíveis sintomas e casos da monkeypox. As UBSs do município funcionam de segunda a sexta-feira. Aos fins de semana, a comunidade deve ir à UPA 24h.
O atual surto da varíola dos macacos não tem a participação dos primatas na transmissão da doença aos seres humanos. O vírus se espalha entre pessoas por meio do contato íntimo e sexual com os infectados.
O principal sintoma é o aparecimento de erupções cutâneas parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus; além de caroço no pescoço, axila e virilhas; febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço, fraqueza e dores musculares. O infectado deixa de contaminar outras pessoas após o desaparecimento das lesões.
Para prevenir o contágio, as orientações dos órgãos sanitários são: evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; evitar beijar, abraçar ou ter relações sexuais com alguém infectado; higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel; não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos ou objetos pessoais; uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
"Vamos manter a nossa comunidade informada sempre, a nossa imprensa... Em nome do Executivo Municipal, vamos tratar com muita seriedade e mantermos a nossa população orientada pra que isso não se tenha mais essas transmissões aqui no nosso município", finalizou Dias.