Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco debate safra 2021/2022
Representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco reuniram-se nesta quarta-feira (4/5) virtualmente para debater, entre outros assuntos, a safra 2021/2022, que está em fase de comercialização. Os números foram apresentados pelo presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner. Ele disse que, no Rio Grande do Sul, já foram comercializados 57% de tabaco Virgínia, 98% de tabaco Burley e 75% de tabaco comum.
O coordenador da Câmara, Romeu Schneider, por sua vez,
relatou sobre a reunião da Câmara Setorial Nacional do Tabaco, realizada no
final de abril, que enfocou a consulta pública sobre dispositivos eletrônicos.
“Na verdade, é uma tomada pública dentro de um departamento da Anvisa sobre
dispositivos eletrônicos de fumar. Foi estabelecido um prazo de 30 dias, que
começou dia 11 de abril, para que técnicos pudessem dar contribuições sobre a aprovação
ou não desses dispositivos”, explicou.
Como trata-se de tema que pode impactar a cadeia produtiva
como um todo, por unanimidade, a plenária decidiu encaminhar pedido para a
Anvisa estender o prazo para análise e contribuições. Neste sentido, será
elaborado um documento solicitando à Agência a prorrogação do prazo de 11 de
maio para 11 de julho. “Porque é uma questão bastante técnica e é preciso
juntar muitas informações para poder formalizar um posicionamento detalhado
sobre esse assunto para a Anvisa poder se posicionar e quem sabe tomar uma
decisão mais adequada para essa situação”, acredita Schneider.
Outro assunto abordado durante a reunião foi a Instrução
Normativa da criação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco da
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), publicada
em dezembro de 2021. O diretor do Departamento de Políticas Agrícolas e
Desenvolvimento Rural da Secretaria, Paulo Lipp, explicou que a denominação que
constava antes era de 1996, como da Cadeia Produtiva do Fumo. “E, para se
igualar à Câmara de nível nacional, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), foi preciso mudar a nomenclatura”.
Irrigação no tabaco
Paulo Lipp ainda abordou a questão da irrigação do tabaco no
Rio Grande do Sul. Ele disse que é importante ampliar a área irrigada, que está
em apenas 2% do total cultivado. “Segundo dados do Ibge, existem apenas 2.446
hectares de tabaco irrigados no Estado. Os municípios com maiores áreas de
irrigação são Barão do Triunfo, Canguçu, São Lourenço do Sul, Cristal, Pelotas,
Arroio do Padre, Mariana Pimentel, Restinga Seca, Dona Francisca e Ivorá”.
Os presentes concordaram em ser necessário uma integração
das prefeituras, Estado e União em campanhas de incentivo à irrigação na
cultura do tabaco, para melhorar a qualidade e a produtividade da cultura, com
a sugestão de ser realizado um dia de campo sobre tabaco irrigado até o final
deste ano.