Julgamento de mulher que queimou o marido em fornalha de Dom Feliciano acontece neste mês
No próximo dia 27 de abril, ocorrerá no Fórum de Camaquã o julgamento de Elizamar de Moura Alves. A ré confessou ter dopado e matado o marido enquanto ele dormia em fevereiro de 2021.
Na manhã desta quarta-feira (20), o corpo jurídico responsável pela defesa da mulher, concedeu entrevista para a Acústica FM. Os profissionais Mikaela Schuch, Igor Garcia e Marcos Hauser, detalharam a situação do caso e os próximos passos para o julgamento.
Conforme os profissionais a ré alegou que durante os 21 anos de casamento foi vítima de agressões físicas e psicológicas. A mulher também relatou em depoimentos que houve episódios em que as agressões se estendiam aos filhos do casal.
O corpo jurídico destaca que a acusada nunca realizou uma denúncia formal contra o marido, pela falta de recursos para se dirigir as autoridades competentes e pelo sentimento de medo em relação ao esposo cometer um ato de vingança sob os filhos.
Questionados sobre pesquisas encontradas no celular da acusada sobre formas de morte, o advogado Marcos responde: “Todas as pesquisas forma feitas no dia do fato. Essas pesquisas mostram um ato de desespero, aquele dia ela chegou no limite”, afirma.
A defesa enfatiza que nunca houve uma premeditação sobre o planejamento da morte do marido. A advogada, detalha que o esgotamento físico e psicológico, foram decisivos para o crime ocorrer.
A ré está detida na Penitenciaria Estadual Feminina de Guaíba, aguardando o caso ser julgado. O prazo para arrolar as testemunhas está encerrado, assim o julgamento de Elizamar Moura Alves ocorrerá no dia 27 de abril, no Fórum de Camaquã.