Agricultura


Agricultores do RS cobram ações dos governos federal e estadual para conter impactos da estiagem

Entidades ocuparam sedes do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Agricultura em Porto Alegre. Autoridades afirmam que estudam liberação de recursos, financiamentos e descontos em programas de dívida
30/03/2022 G1

Produtores rurais do Rio Grande do Sul realizaram manifestações nas sedes da Secretaria Estadual da Agricultura (SEAPDR) e do Ministério da Agricultura (MAPA), em Porto Alegre, na terça-feira (29). Os trabalhadores pedem providências dos governos em razão das perdas provocadas pela estiagem que atingiu o estado no início deste ano.

A ocupação do prédio do MAPA permanece nesta quarta (30). O Ministério da Agricultura diz que negocia a desocupação pacífica do imóvel. Os agricultores vinculados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (FETAG) cobram agilidade na resposta do governo federal às demandas do setor.

O MAPA afirma que trabalha junto ao Ministério da Economia pela liberação de desconto no pagamento da dívida dos produtores rurais amparados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Veja a nota completa abaixo.

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O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, aponta que os trabalhadores precisam de ajuda rápida, porque os financiamentos contratados junto aos bancos estão prestes a vencer.

"Faz mais de dois meses que a FETAG entregou a pauta ao governo federal e nenhuma das ações foi atendida até agora", destaca.

No início do mês, a ministra Tereza Cristina anunciou R$ 2,8 bilhões para medidas do enfrentamento aos efeitos da estiagem. Já o Ministério da Economia diz que "não comenta medidas não publicadas".

Na SEAPDR, agricultores vinculados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do RS (FETRAF) permaneceram na sede da pasta após uma reunião sem avanços com a secretária Silvana Covatti na terça.

Ao g1, a Secretaria da Agricultura diz que fez estudos sobre auxílio e crédito emergencial para os produtores, mas que a demanda é analisada por outros setores do governo do estado. A Casa Civil afirma que não tem atualização sobre o tema.

De acordo com o coordenador da FETRAF, Douglas Cenci, o grupo aceitou deixar o prédio sob a condição de anúncios do governo para o setor ainda esta semana.

"O agricultor continua esperando e essas políticas não chegam. Não tem nem previsão de chegar até o agricultor que, há cinco meses, enfrenta essa estiagem no Rio Grande do Sul", explica.

Os agricultores esperam o pagamento de um auxílio de um salário mínimo para mais de 137 mil famílias e a liberação de R$ 10 mil em financiamento sem juros para 40 mil famílias. A entidade estima que, ao todo, 250 mil famílias foram afetadas pela falta de chuva.

Nota do Ministério da Agricultura:

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está em negociação com os agricultores familiares do Rio Grande do Sul para desocupação pacífica das instalações da Superintendência Federal de Agricultura (SFA) daquele estado.

As reivindicações estão sendo trabalhadas junto ao Ministério da Economia desde meados de janeiro, para atender os produtores afetados pela estiagem nos estados das regiões Sul e do Mato Grosso do Sul, considerando as fortes restrições fiscais da União.

Entre as medidas que serão adotadas para minimizar os prejuízos causados pela estiagem, está o "rebate" (desconto) no pagamento da dívida dos produtores rurais amparados pelo Pronaf, que foram prejudicados e que não dispõem de seguro rural ou Proagro, a exemplo dos pecuaristas - incluídas as atividades de bovinocultura, avicultura, suinocultura, ovinocaprinocultura, piscicultura, entre outras. O rebate será aplicado também sobre as parcelas de investimento.

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