Saúde e Bem Estar


Saiba os riscos que os recém-vacinados têm de pegar o coronavírus

Mesmo após a vacinação, medidas de proteção e isolamento social ainda são necessárias
24/03/2021 O Sul

O Brasil enfrenta atualmente sua fase mais crítica da pandemia da covid-19. O País registrou, nesta terça-feira (23), mais de 3 mil mortes diárias, segundo o boletim de imprensa. A imunização, única saída possível para conter a doença, segue a passos lentos.

Confira algumas perguntas e respostas frequentes sobre as vacinas.

1) As vacinas contra a covid-19 são confiáveis?

Sim. Ao aprovar uma vacina nova, autoridades de saúde conferem se a proteção que ela oferece contra uma doença grave supera eventuais riscos. É o caso de todas as vacinas contra a covid-19 autorizadas até agora pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – entre milhões de imunizados, houve apenas algumas dezenas de casos suspeitos de reação adversa, e nenhum deles ainda confirmado como efeito colateral da vacina.

2) Por que algumas pessoas tomaram a vacina e ainda assim foram internadas?

É necessário entender que uma vacina recebe aprovação para ser usada com um número específico de doses, e com intervalos determinados entre elas. Se requer duas doses e a pessoa toma apenas uma, ou se a pessoa não segue o intervalo correto entre ambas, a probabilidade de eficácia do imunizante é menor. No entanto, mesmo aqueles cuja taxa de eficácia tem sido mais baixa estão colhendo resultados positivos, principalmente entre os pacientes mais graves.

Os casos de pessoas que receberam imunizantes corretamente e mesmo assim contraíram o vírus depois provavelmente seriam mais graves caso não houvesse vacinação.

Não existe vacina com 100% de eficácia, nem para covid-19 nem para outras doenças. Uma vacina de eficácia parcial para covid-19, porém, confere enorme benefício à sociedade, e aumenta muito a chance de permanecer saudável para quem a toma e é exposto ao vírus depois.

3) Quem toma vacina pode transmitir o vírus?

É uma possibilidade. Até agora, os testes clínicos focaram na capacidade do imunizante de evitar que as pessoas adoeçam com a covid-19. A segunda etapa, que demanda mais esforços, será avaliar se uma pessoa vacinada pode contaminar alguém de forma assintomática. Para evitar que isso aconteça, quem já foi vacinado deve continuar tomando medidas de proteção, como o uso de máscaras.

4) Qual é a principal diferença na ação do vírus no corpo de quem está vacinado e de quem não está?

A resposta imune de uma vacina não é necessariamente igual à de uma infecção natural, observa a virologista Clarissa Damaso. Primeiro, porque as cargas virais (quantidade de vírus) de exposição são diferentes. As rotas de entrada no organismo também. O coronavírus entra pelo sistema respiratório e ativa uma imunidade relativamente fraca. É basicamente o que se chama de imunidade de mucosa, menos potente. Há uma resposta com produção de anticorpos neutralizantes de duração ainda incerta, e nada duradoura. As vacinas também têm adjuvantes (reforços) para estimular o sistema imune.

Além disso, na infecção natural, o sistema imunológico é pego desprevenido e sai em desvantagem, pois tem que combater uma infecção que já se instalou. Ele precisa convocar suas forças, um verdadeiro exército de variados tipos de células de defesa, para debelar o vírus invasor. Com a vacina, quando o vírus entra nas vias respiratórias, o organismo tem as armas a postos e o ataca com mais eficiência.

5) A vacina pode causar covid-19?

Não. Nenhuma das vacinas em fase mais avançada de desenvolvimento emprega o vírus Sars-CoV-2 enfraquecido (atenuado), que seria a única possibilidade, ainda que remota, de haver reversão da forma atenuada para a ativa. Desta forma, nenhuma vacina poderá transmitir a doença.

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