Agronegócio


A cotação do milho vai continuar subindo? Veja perspectivas para a semana

Os preços fecharam a última sexta-feira, dia 24, com forte elevação; a Safras & Mercado mostra o que pode manter a tendência de alta
27/05/2019 Canal Rural

A previsão de chuva extra no cinturão produtor dos Estados Unidos nos próximos 15 dias, o que deve atrasar ainda mais o plantio, fez os preços futuros do milho atingirem os patamares mais altos em um ano.

Na Bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em julho tiveram alta de 3,72% na sexta-feira, dia 24, fechando a US$ 4,04 por bushel. Mas como as cotações vão se comportar na próxima semana? O analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias elenca fatos que merecem a atenção dos produtores. Confira:

Os norte-americanos não devem plantar toda a área projetada, cerca de 92,8 milhões de acres (37,5 milhões de hectares). A perda de 4 milhões de acres — ou 1,6 milhão de hectares — já é evidente e está precificada;

A expectativa é de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indique, em seu relatório semanal, que o plantio atingiu entre 58% e 62% nesta semana. Falta uma semana para o fechamento da área;

O que ainda não foi contabilizado pelo mercado internacional é o clima no Meio-Oeste até 10 de junho, que deve continuar péssimo, atrapalhando os trabalhos de campo;

Os Estados Unidos devem racionar a exportação para manter a oferta interna na safra 2019/2020. Com isso, o Brasil pode aproveitar o momento e vender o máximo de volume possível para os embarques no segundo semestre;

A questão do plantio atrasado não quer dizer produtividade menor na colheita. Mas a continuidade do excesso de chuvas deve atrasar a germinação, provocar falhas no número de plantas, reduzir a população por hectare e evidenciar um corte de potencial de produtividade;

O atraso também cria tensão adicional sobre o clima no verão. Qualquer tempo quente e com pouca chuva na polinização vai adicionar problemas às lavouras;

O mercado interno brasileiro tem altas nos preços nos portos, de R$ 34 para R$ 38, o que melhorou o cenário interno;

Contudo, estamos entrando no processo de colheita, destaca Iglesias. Quase 70 milhões de toneladas serão colhidas nos próximos 90 dias;

A ordem é aproveitar a liquidez de exportação ao máximo e possibilitar um bom escoamento da segunda safra 2019. Para junho, é esperado recorde, com 1,7 milhões de toneladas programadas.

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