“Puxar o tapete”
Nilton Moreira
O mundo é competitivo. Podemos ter uma visão sobre isso ao analisarmos a concorrência que
existe entre países, onde cada qual quer obter maior vantagem sobre o comércio exterior, conquistando
cada vez mais espaço, não se importando com o que o país vizinho possa pensar ou esta passando.
Empresas poderosas se instalam em países que possuem abundante lençol freático, em locais
estratégicos, onde obtém licença para recepção de leite, quando na realidade o interesse é explorar a
água no momento certo.
Ter poder é questão de sobrevivência, e muitas vezes a custa do que tem menos força, tendo às
vezes confrontos políticos em razão dessa concorrência, que se for avaliada a fundo, às vezes é
desleal.
Diante de tais circunstâncias, como esperarmos que no pequeno horizonte que vivemos de
competitividade, principalmente nas nossas atividades de trabalho, não queiramos que se instalem
contendas em razão da ocupação de espaços?
Por isso é que vemos tantos funcionários das mais diversas repartições públicas e da iniciativa
privada também, tentarem por meios desclassificados, galgarem degraus, objetivando ocupar postos de
atividades que lhes seja mais confortável ou com uma melhor remuneração.
Temos visto que muitos se utilizam da artimanha de incutir desprestígio do colega de trabalho ao
chefe da repartição, objetivando “puxar o tapete” para conseguir ocupar determinada posição na
empresa.
É a traição obscura, pois que muitas vezes a pessoa prejudicada nem sabe o motivo pelo qual
foi destituída ou demitida.
Existe também o aspecto que muito chefe gosta desse tipo de gente que se lhe acerca, afinal
consegue boas informações e fica sabendo das “conversas de cocheira”.
Mas quem contribui muitas vezes com os erros alheios para se promover e até ocupar o lugar de
outrem, é pessoa sem caráter e não deve ser levada em consideração no meio que vive. Normalmente
não possui capacidade e sim aproveita oportunidades para denegrir o colega, tirando-o do caminho,
talvez pelo motivo de ter sido prejudicado nos interesses escusos, sabe-se lá.
Mas tais condutas não são tão novas, e devemos conviver com elas, afinal viver neste mundo
faz parte de uma alquimia, e devemos procurar sempre nos proteger do tipo dessas mentes doentias
que logo ali se banham no próprio destilo venenoso. Um dos exemplos é o de Judas que lá no passado
entregou Jesus para poder ocupar local confortável no meio político, já que a vantagem financeira nem
era considerável.
Portanto, não estamos livres dessas investidas, e resta a nós nos dedicarmos ao que fazemos
sem nos preocupar com essas mentes insanas, que vivem envoltas em halo energético pernicioso.