Prisão, cadeia, carceragem...
Nilton Moreira
Sempre dizemos que não existe situação na vida mais triste de ser enfrentada, tanto direta como indiretamente do que a
prisão e o hospital, pois em tais situações sofre o que está internado e os familiares. Um amigo meu, certa ocasião disse que estando
uma pessoa da família presa, toda a família também está.
Quando se fala em prisão, nos vem à mente cadeia, carceragem. Fico também pensando naqueles pequeninos e indefesos
que ficam recolhidos a pequenos espaços, sem opção de exercerem a liberdade lhes outorgada por Deus, ficando condicionados a
comerem o que lhes servem e a beber muitas vezes água fora das boas condições.
Vivem em ambientes que muitas vezes nem limpos são, privados de enxergarem paisagem natural, ficando em meio a
paredes sem a devida iluminação, calor e brilho do sol.
São separados de seus pais e só sabem da vida o que o instinto lhes delegou.
Estamos falando de certo tipo de aves. Mais corriqueiramente passarinhos, os quais vivem nas gaiolas das mais variadas.
Dizem seus donos que não podem soltá-los, pois morreriam, já que foram criados desde filhotinhos assim e não possuem
condições de sobrevivência por não saberem como se alimentar e defenderem-se dos predadores.
Achamos estranhas estas alegações, pois Deus deu tanto ao homem como aos animais o instinto, e isto é algo que não se
perde ao longo dos anos e nem ao longo das várias vidas. O animal certamente ao ser libertado desenvolverá a capacidade de
sobrevivência e defesa, pois isto faz parte da sua criação.
Nota-se que o homem ao encarcerar bichinhos está usando a inteligência para comprometer a natureza. Em nada ajuda no
progresso. Alguns inclusive dizem que tem pássaros enjaulados apenas para serem contemplados em sua beleza e ouvir seu canto.
Desculpe-me quem assim pensa, pois se é para contemplar, procurem sair pela natureza e verão os pássaros, principalmente nos
locais onde o próprio homem não destruiu as arvores. Se for então para ouvir o canto, existem inúmeras mídias com sons dos mais
diversos cantos exibidos com fidelidade.
Infelizmente ainda não conseguimos desenvolver um amor mínimo que nos permita respeitar a natureza e deixar de
enclausurar bichos que não foram Criados para tal.
Avaliemos o perfil de quem, por exemplo, deixa um cão amarrado às vezes em pequena corrente, ou mantém um pássaro
engaiolado, ou ainda utiliza um animal para atividade de trabalho excessivo e pesado! Será que se trata de pessoa compromissada
no amor ao próximo efetivamente? Será que está de acordo com os princípios que o Mestre pregou?