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Personalidades - Padre Constantino

Parte II
28/10/2019 Luciana Terezinha Novinski
Luciana Terezinha Novinski
Luciana Terezinha Novinski

Sociedade Tiro de Guerra - Exército Polonês

Essa Sociedade fundada em 1925 tinha por objetivo preparar os jovens para a defesa da Pátria e ao mesmo tempo proporcionar-lhes uma formação cívica, social e religiosa. Os jovens aprendiam disciplina, manejo de armas, faziam belas demonstrações para a comunidade, participando de desfiles cívicos, recepções a autoridades, fazendo inclusive a guarda do Sepulcro da Semana Santa. Em 16 de junho de 1925 houve comemorações na Sociedade Tiro de Guerra, as quais foram noticiadas no Jornal Polonês no Brasil. Ela noticiava que mais de 100 jovens fardados assistiram a missa, causando  estranheza a muitos que lá estavam e não conheciam a Sociedade, Pe. Constantino explicou os objetivos e a importância dessa Sociedade para uma formação cultural maior, os professores se pronunciaram e após os alunos fardados declamaram poesias e cantaram os Hinos Brasileiro e Polonês, após a missa todos foram convidados a dirigirem-se a Sociedade onde acompanharam o protocolo da primeira sessão pública. Acompanharemos o que estava escrito em um artigo da Gazeta Polonesa no Brasil do dia 07 de abril de 1926 pelo Professor  Carlos Muszynski, que após o termino das férias dos jovens, Pe. Constantino trouxe de Porto Alegre três oficiais para selecionar os jovens. Para tanto foram realizados exames e testes durante a noite e aulas práticas e de tiro durante o dia. Concluídos os treinamentos foi marcada a data de entrega das espadas aos oficiais pelas madrinhas. Posteriormente em uma missa solene os oficiais foram chamados um a um para receberem as espadas. Pe. Constantino explicou a todos sobre a responsabilidade e validade do momento para os jovens  pois a partir daquele momento São Feliciano possuiria seu próprio exército mostrando aos inimigos e perseguidores que estavam prontos para cumprir seus deveres. Acredita-se que Pe. Constantino criou e treinou esse grupo de jovens pelo trauma que viveu em relação a guerra em seu país de origem, e queria estar preparado se alguma guerra acontecesse no Brasil. O jovem Hilário Uszacki agradeceu aos oficiais em nome dos colegas e concluiu dizendo que o sangue polonês que corre em suas veias está pronto a correr em defesa do Brasil pois os poloneses não só defenderão a Polônia se for preciso, mas o Brasil que os acolheu. Após fez uso da palavra o capitão Argemir Dornelles, que trabalhou em São Paulo dizendo de sua admiração pela valentia do exército polonês brasileiro, incentivou os jovens a continuarem participando do mesmo, e na sequencia foram entoados os Hinos Brasileiro e Polonês. E por ocasião da Páscoa os soldados da Sociedade do Tiro de Guerra fizeram a guarda do Sepulcro, fazendo também na rua demonstrações com armas sem balas. Dizem que os chamados turcos que continuam fazendo a guarda hoje, foi iniciado com os soldados do Tiro de Guerra que sempre fardados faziam a vigília. Em outro jornal também escrevia que nos festejos de 7 de Setembro, o grupo enquanto a Banda Musical tocava fazia apresentações diversas com armas e espadas. Encerro esta coluna orgulhosa e feliz em saber que a Colônia São Feliciano possuía um Exército composto por jovens dispostos a darem suas vidas pelas Pátria Amada e idealizado e treinado por Pe. Constantino Zajkowski, este Padre que tanto fez por nós.


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