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Porque corrigir o solo?

09/09/2019 Fonte: Instituto Agronômico de Campinas APTA
Neto Lacerda - Administrador - Pág Fumicultores Unidos
Neto Lacerda - Administrador - Pág Fumicultores Unidos

A correção do solo é um dos requisitos básicos para uma maior produtividade agrícola. De acordo com o professor da Unesp de Ilha Solteira, Francisco Maximino Fernandes, a calagem pode ser realizada em qualquer época do ano, mas a eficiência do corretivo de acidez é maior quando aplicado com antecedência para que possa reagir com o solo e, dessa forma, proporcionar os benefícios esperados. Segundo Fernandes, num solo ácido, onde há excesso de alumínio e hidrogênio ou ocorre deficiência de cálcio e magnésio, o crescimento das raízes é reduzido. Um sistema radicular pouco desenvolvido limita a absorção de água, de nutrientes e, conseqüentemente, a produtividade das culturas. Cada cultura responde de forma diferente à correção da acidez do solo e, se os demais fatores de produção estiverem adequados, a calagem pode representar aumentos de produtividade acima de 100%. Fernandes citou como exemplo casos em que após a correção da acidez, na região Centro-Oeste, ocorreu incremento médio de 58 sacas de milho, 38 sacas de soja, 21 sacas de arroz por hectare, em relação a área não corrigida.

Além disso, o aproveitamento de fósforo e potássio pelas plantas num solo ácido é, por exemplo, dois terços menor do que num solo corrigido. O professor afirmou que tanto solos ácidos como alcalinos devem ser corrigidos. As duas situações são prejudiciais às plantas e os materiais corretivos são diferentes. Para correção de solos ácidos normalmente se utilizam calcários. Para correção de solos alcalinos o procedimento é outro e, caso necessário, é utilizado gesso (CaSO4) se houver muito sódio, ou mesmo enxofre para diminuir o pH, se não houver excesso de sódio. Nos dois casos, o produtor rural deve procurar orientação de um engenheiro agrônomo que, com base numa análise do solo, vai definir como deve ser aplicado o corretivo. Fernandes destacou que, em solos ácidos, o calcário é corretivo de acidez do solo e o gesso pode ser utilizado como condicionador do solo em subsuperfície, isto é, um melhorador das condições químicas do solo em profundidade. “Qualquer corretivo de acidez só corrigirá a acidez se o solo tiver umidade. Se o solo estiver seco, o corretivo de acidez não reagirá com o solo”, afirmou.

Quanto mais cedo melhor e mais barato se torna

O professor Francisco Maximino Fernandes afirmou que a coleta de amostras de solo deve ocorrer com maior antecedência possível. “Recomendo após a safra de verão. O solo está úmido, o que facilita a coleta de amostras e permite que o corretivo aplicado aproveite a umidade do solo e comece a reagir”. Outro motivo para começar cedo a correção do solo é que os laboratórios de análises estão com menor volume de serviço e o produtor pode negociar melhor a compra do calcário e frete. Segundo Maximino Fernandes, a uma distância de 500 quilômetros, o frete da tonelada de calcário custa R$ 40 e o produto R$ 30.

No caso do produtor deixar para fazer a correção da acidez solo muito perto do plantio, terá de utilizar calcário mais fino que tem reação mais rápida no solo e um menor poder residual. O calcário mais fino é mais caro, mas a dose a ser utilizada é menor. O calcário é classificado em função do Poder Real de Neutralização Total (PRNT) e, quanto menor o valor do PRNT, mais grossas são as partículas e a reação é mais lenta com maior efeito residual. “Por lei, o valor do PRNT deve constar da nota fiscal do produto adquirido”. Quanto a granulometria, a legislação exige que pelo menos 95% do material corretivo passe em peneira de 2 mm, 70% em peneira de 0,84 mm e 50% em peneira de 0,3 mm. De modo geral, as partículas menores apresentam reação mais rápida e que se completa em três meses. Nas partículas entre 0,3 e 0,6 mm e entre 0,6 e 2,0 mm, a reação é mais lenta. São necessários cerca de 30 meses para as partículas entre 0,3 e 0,6 mm apresentarem 100% de eficiência, enquanto as partículas entre 0,6 e 2,0 mm chegam ao redor de 45% de eficiência, ambas em relação as mais partículas mais finas.

Por que analisar os solo:

 A análise do solo é o melhor meio para avaliar a fertilidade do solo. Com base nos resultados das análises é possível determinar as doses adequadas de calcário e adubo para garantir maior produtividade e lucratividade para a sua lavoura.Para obter bons resultados com a análise é muito importante retirar as amostras corretamente.

Como coletar as amostras

– De cada gleba devem ser retiradas diversas subamostras, para se obter uma média da área amostrada. Para isso percorra a área escolhida em ziguezague e colete 20 subamostras por gleba homogênea. Em cada ponto, retire com o pé detritos e resto de cultura!

Colete com enxadão ou trado para uma boa retirada de terra!

Seguindo estes passos você terá uma boa correção de solo e assim consequentemente um bom resultado dos Inssumos utilizados na lavoura!

Estudo feito no portal  Gestão no campo pelo técnico agrícola Carlos Eduardo de Souza!

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